Fazer escolhas é sempre um risco imenso: acertar o rumo, pessoas certas, o lugar mais interessante, o
melhor cardápio, a roupa correta, a palavra dita. Vivemos e corremos riscos a todo instante. Em se
conhecendo os riscos decorrentes das escolhas temos apenas de nos armar da
coragem e enfrentar as consequências ou de sair de fininho antes de se entregar a um escolha com
alto risco de fracasso. Assumir o risco é ter coragem. Fugir de um caminho que
se apresenta duvidoso também é um ato de coragem. Enfim, dentro das 24h do dia temos muitos caminhos a optar. Em geral, para cada uma das escolhas, optamos por um e automaticamente eliminamos as
demais. Nosso instinto de preservação muitas vezes nos grita para escolhermos um, ou não optarmos por nenhum até que o horizonte se
torne mais claro. Mas nem sempre é possível, ou nem sempre ouvimos nossa intuição. E assim vamos dando rumo a nossa
vida instintivamente e expontaneamente.
A juventude nos impele à aventura, ao desafio, a abraçar causas
(nem sempre verídicas) mas
aparentemente altruístas. O tempo e a
experiência nos vão mostrando vagarosamente as verdades dos caminhos escolhidos
e dos largados pra lá. Às vezes retomamos o rumo, pegamos outro caminho que
mesmo com mais maturidade tem seus prós
e contras. E as escolhas vão se mostrando imperiosas. Não da pra adiar. E
escolhemos... acertamos e erramos.. mesmo depois de maduros.
A maturidade nos serve para que a nossa própria vivência nos
antecipe as conseqüências. Isso facilita um pouco mais nas escolhas. Coisa que
na mocidade não temos esse parâmetro e assim com nossa energia e disposição nos
colocamos mais em risco que na fase madura .
Muito se fala sobre aproveitar o momento presente. Não fazer
as coisas com o fito do futuro. Mas posso garantir que é necessário sim. Não é viver
no passado, nem no futuro. Mas viver o presente com um pé fincado no passado e
olhares rápidos para o futuro. Hoje é o passado do amanhã. Se nada fizermos
para nosso futuro não teremos onde fincarmos nosso pé quando o futuro chegar.
E assim escolher o hoje como melhor dia é primordial. Mas
fazer do hoje um dia maravilhoso para se lembrar no futuro é tanto o quanto
importante.
E assim escolher com consciência nos riscos e conseqüências de
cada escolha fará de nós pessoas mais amadurecidas e realizadas mesmo que
nossas escolhas redundem em alguns equívocos. Saberemos sair deles. Saberemos
retomar o rumo e construir um caminho melhor do que o anterior. E além do mais,
todos os caminhos nos servirão de base.
Viver é arriscado. Não se arriscar é não viver.
SAM.
"Benditos os que conseguem
se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido
Os que não se cobram por não terem cumprido
suas resoluções, que não se culpam por terem
falhado, não se torturam por terem sido
contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.
Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então
que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento.
De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.''
Martha Medeiros
Martha Medeiros
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